Jornal Correio de Uberlândia – 01/10/2012
No caso do uso das redes sociais e blogs em Uberlândia, por exemplo, onde há maior movimentação partidária, são verificados dois panoramas distintos. De um lado, os perfis oficiais dos principais candidatos são usados, formalmente, para mostrar ações, propostas e divulgar momentos da campanha por meio de fotos e vídeos. E, em outra frente, militantes e analistas de redes sociais atuam informalmente, alimentando a rede com informações a favor do postulante, intercedendo em favor deles em discussões ou tentando contradizer os adversários.
Para o consultor e especialista em comunicação e marketing político-eleitoral Leandro Grôppo, ainda não é possível saber se esse tipo de atuação online gerará resultados efetivos para os candidatos. “Este ano, a internet ainda é um verdadeiro laboratório para eleições municipais”, disse. A nova lei em vigor que trata sobre o tema foi criada em 2009, um ano após a última disputa municipal.
Além disso, segundo Grôppo, ainda há poucos casos de sucesso registrados de campanhas políticas na internet no mundo. “Pesquisas dizem que a rede somente atinge de 10% a 15% da população, bem menos que a televisão e o rádio. O uso da rede tende a crescer nos próximos anos, mas não deverá substituir nenhum meio [de comunicação]”, afirmou.