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O Recado que Vem das Urnas – Proporcionais

Finalizando a sequência de posts que abordaram os resultados das eleições de 2010, na visão interna à política e ao marketing, abordaremos agora o âmbito das disputas regionais e municipais nas eleições proporcionais, onde podemos observar, mais uma vez – infelizmente –, que ainda há muito amadorismo na condução da comunicação e das campanhas. Isto prejudica a democracia, à medida que impacta diretamente na redução da representação política nas esferas estadual e federal de municípios localizados fora dos grandes centros e bem como, na chance e viabilidade dos “novos políticos” que são, ao fim e ao cabo, quem mais necessitariam do conselho profissional.

E isto ocorre muito mais devido aos principais interessados, os candidatos, do que aos possíveis beneficiários, os eleitores. Apesar da forte ascendência política dos municípios brasileiros, a falta de articulação interna mostra-se como uma primeira falha no processo. Pois à medida que aumentam o número de candidatos disputando a “mesma vaga”, eleva-se, na mesma proporção, a chance de nenhum deles alcançá-la. Em segundo lugar, a falta de estrutura profissional e organizada das campanhas, que em sua maioria persistem no erro ingênuo de achar que apenas distribuir material de propaganda é o suficiente para ganhar votos.

As campanhas eleitorais há tempos deixaram de ser intuitivas e se tornaram racionais, onde os palpites cederam lugar à pesquisa e os temas aleatórios agora têm origem em conceitos e estratégias pré-definidas. Dessa forma, a campanha eleitoral deixou para trás o amadorismo para se tornar profissional. Fato não compreendido pela maior parte dos candidatos, refletido diretamente no resultado das urnas.

O trabalho profissional de planejamento de campanha e marketing eleitoral está cada vez mais ao alcance de todos, auxiliando a democracia à medida que facilita o ingresso na disputa política, além de tornar a comunicação mais concreta, com menor custo e com maior viabilidade para que a mensagem pertinente chegue de maneira clara ao eleitorado ideal.  Pois afinal,  o mais caro em uma eleição, com toda a certeza, é a derrota.

Por Leandro Grôppo

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