Jornal O Tempo – 05/02/2012
Se os partidos ainda têm alguns meses para bater o martelo sobre os nomes que lançarão para as eleições de outubro, os filiados que querem se candidatar a prefeito já estão desembolsando para as próprias campanhas. O investimento é arriscado, já que a pré-candidatura pode não vingar. Mas um trabalho bem estruturado começa pelo menos um ano antes da disputa.
É nessa hora que entram em cena os marqueteiros eleitorais, verdadeiros construtores de prefeitos. A reportagem de O TEMPO conversou com esses profissionais que, neste ano, vão atuar em dezenas de municípios do interior de Minas. Da imagem do candidato à elaboração de material, com a licença de dar “pitacos” no programa de governo, tudo passa pelas mãos dos especialistas.
Calendário. O “pacote” completo que é oferecido, contam os especialistas, está em curso há meses. Leandro Grôppo relata que o trabalho é incansável desde o ano passado. “O tempo é fundamental. Tem gente nos procurando com atraso”.
Percebendo a falta de profissionais que ofereçam serviço como o dele no interior de Minas, o especialista em comunicação e marketing político-eleitoral mudou-se de Brasília e instalou-se em Uberlândia.
Grôppo reforça ser necessário ao menos um ano de planejamento para uma campanha de sucesso. A equipe dele conta com sociólogo, publicitário, estatístico, economista, relações públicas e jornalista. Além de cidades do Triângulo, o trabalho se concentra na Zona da Mata.
Leandro Grôppo ressalta que sua equipe faz marketing eleitoral e não publicidade. Segundo ele, campanhas com base em palpites e intuições não dão mais resultado. “Mas se o candidato for ruim, não tem marketing que ajude”.