A palavra Marketing tem, entre outros significados, o de estudo de mercado, ou movimento de mercado. Sendo assim, antes de um produto entrar no mercado é feita uma pesquisa com os consumidores sobre suas reais necessidades e o que se pretende lançar, no intuito de “casar” as duas coisas: o produto a ser lançado e as exigências do seu público alvo.
No marketing político não é diferente. É ela (a pesquisa) quem dá o tom do trabalho a ser desenvolvido num mandato ou campanha, pois é a melhor maneira de se saber o que pensa a população. Não existe marketing político sem uma boa pesquisa. Porém, ai é que mora o perigo. Uma boa pesquisa!
A imagem que se tem dos institutos de pesquisa no Brasil de uma forma geral não é boa. Isto se deve porque muitos que se dizem especialistas em pesquisa na verdade não o são. Vendem o que não podem entregar.
Por outro lado, grande parte dos políticos não entende ao certo pra que serve a pesquisa. Assim como a maioria da população que só “olha” pra quem está na frente (uma leitura simplista), alguns políticos cometem o mesmo erro. Porém, existe uma grande diferença entre um político (que obrigatoriamente deveria entender do assunto) e uma pessoa que não é do meio.
Fico a imaginar como deve ser difícil para um profissional sério tentar explicar e convencer determinados políticos sobre a necessidade e importância de uma boa pesquisa. Não faço qualquer trabalho que não seja iniciado por uma boa pesquisa. É o básico do básico. Iniciar um trabalho com uma pesquisa ruim é como você se deixar guiar por uma bússola quebrada. Imagine onde você pode parar!
O pior é que o critério usado para a escolha de um instituto de pesquisa em geral é o financeiro, partindo-se da falsa premissa de que “a melhor pesquisa é a mais barata”. Porém, vale lembrar que geralmente o barato sai muito caro depois. Ainda mais em campanha eleitoral, onde não existe medalha de prata.
Por Leurinbergue Lima