Neste post faremos uma rápida análise dos resultados dos governadores eleitos em alguns dos principais estados do País: São Paulo, Rio, Bahia e Distrito Federal.
Em São Paulo, Geraldo Alckmin confirmou sua vantagem, apesar de todo o esforço de Lula para terminar com a hegemonia do PSDB no estado. Mercadante não foi páreo, e agora sonha com a recompensa de uma posição no governo de Dilma. O PT em São Paulo continua sua real dicotomia: por um lado a ala paulista é a comandante do partido, por outro, não há atualmente nenhum nome realmente viável para o PT apontar nas próximas eleições. estaduais Terão que trabalhar os próximos anos para gestar candidatos nos ‘berços’ da Presidência da República. Ou, quem sabe, “em nome do projeto partidário” e como “questão de honra”, caberá ao próprio Lula em 2014 a tarefa de destituir o rival PSDB do Palácio dos Bandeirantes.
No Rio de Janeiro, Sérgio Cabral ganhou mais um mandato, assim como no caso da Bahia, onde Jaques Wagner também foi reeleito. Em ambos os casos, o ponto vital para os vencedores foi não ter concorrentes realmente fortes. No Rio, o opositor foi Fernando Gabeira, um candidato limitado à zona sul e a classe média-alta carioca. Na Bahia, Paulo Souto tentou demover a áurea ‘carlista’ de sua candidatura, contudo, sem sucesso. Enquanto Geddel Vieira, apesar de todo o carreamento de verbas para prefeituras do interior do estado, durante sua passagem pelo Ministério da Integração, não conseguiu transformar os recursos em votos, devendo visar agora a prefeitura de Salvador em 2012 a fim de manter o PMDB no comando.
A eleição no Distrito Federal foi um caso a parte. O candidato Joaquim Roriz, atingido pela lei da Ficha-Limpa, renunciou dias antes do primeiro turno, colocando a esposa Weslian Roriz em seu lugar. A “mãezona” Roriz fez tanta graça quanto o Tiririca, e ficou só nisso. Sem qualquer conteúdo, alcançou o ‘patamar natural’ de votos do marido, levando a eleição para o segundo turno. A Agnelo Queiroz bastou cumprir tabela e esperar o apito final, a vitória era garantida, e o humor também.
Por Leandro Grôppo